Poesias

EM FRENTE À MINHA JANELA

 A chuva chove...
Chove forte por trás
de minha janela.
Chove gotas, chove chuva,
Águas que escorrem
pelas folhas e telhados.
... Atrás de minha janela.

Em frente a ela também chove.
Chove delícia.

Chove murmúrios e beijos
e toques e suspiros,
aqui dentro chove no chão
chove no tapete chove na cama

Chove...

Aqui dentro,
em frente à minha janela,
chove mel!


(poema publicado no livro "35 Antologia de  Poetas Brasileiros Contemporâneos" e no "Panorama Literário Brasileiro 2007/ 2008 - POESIA - As melhores poesias de 2007" , da CBJE - Câmara Brasileira de Jovens Escritores).


LOUCURA

É loucura!
Esquecer-te é loucura
Ver-te é loucura
Loucura é perder-te
Loucura é deixar-te
Loucura é te ter

É loucura viver
é loucura enxergar
é loucura esquecer
é loucura amar.

Sentar, viver, perder, chorar
Sonhar, tecer, pintar, beijar

Cansei desse mundo de loucura

De ganhar, de perder, de sorrir, de chorar
De dançar, de beber, de fumar, trabalhar

Quero agora é viver em um hospício!

(poema publicado no "Livro de Ouro da Poesia Brasileira Contemporânea - Edição 2007" , da CBJE - Câmara Brasileira de Jovens Escritores).


ESPERA SILENTE DE UM AMOR DISTANTE

Silêncio...
Ainda lembro teu silêncio em minhas noites vis.
Silêncio que acompanha meu olhar,
que afaga meus cabelos
e que beija meus lábios..

Nada falas...
Apenas finges teu silêncio
e olhas desatento a um ponto na imensidão.

Não me olhas, mas me vês.
não me ouves, mas me escutas.
Estás longe, mas estou por perto.

Entre nós...
Rios e cachoeiras de silêncios
Morros e montanhas de infinitudes
e quilômetros de orgulhos desenganados.

Tortuosas estradas de desenganos,
e uma tênue tapera, à espera
de um grito transformar-se em canção
e quebrar o silêncio que criou-se entre nós!.

(poema publicado no livro "Os mais belos Poemas de Amor 2007, da CBJE - Câmara Brasileira de Jovens Escritores).


COMO AS COISAS SÃO

A vida é uma mentira?
Na verdade eu não sei o que ela é!
Tenho saudade, vontade de viver a vida
E nem sei se é verdade o que não é.

Sexo, drogas e paz
Amor, guerra ou remédio
Vontade de quebrar o tédio
Saudade do que não há mais.

Nem sei se é mentira ou o que é!

Linda vaidade de todo dia
que nos mantém em pé...

Não sei nem o que é problema
ou o que é solução.
O que é de Deus e o que é pagão.

Se é que se pode chamar de Deus
aquilo que não existe.

Porque é assim que os Homens são:
As coisas que não vêem não existem
(ou não existirão).

(poema publicado no livro "37 Antologia de  Poetas Brasileiros Contemporâneos" , da CBJE - Câmara Brasileira de Jovens Escritores).